A pior coisa que pode acontecer no dia de um seqüestrador é seqüestrar o Maurício. A história, nas palavras dele:
“Estava na facul, fazendo minhas coisas... Aí quando eu fui entrar no carro o cara veio me pegar.
Eu falei para ele:
- Qual é, mano, tá cheio de playboy aí e você vem logo pegar meu Uno? Eu sou punk, caralho...
- Fica frio aí, alemão, que eu só vou fazer um avião com seu carro...
- Beleza, leva aí, mas me deixa aqui...
- Não entra aí, vai junto...
Aí a gente entrou no carro... e o cara foi com o cano na minha barriga. Teve uma hora que passou por uma lombada, deu um apertada e eu pulei. O cara se assustou e pois o cano na minha cabeça.
- caralho, alemão, vou estourar sua cabeça!
Nessa hora eu fiquei pensando:
- caralho, meu cérebro vai espalhar na janela... o fim da minha vida vai ser igual pulp fiction!
Depois eu continuei tentando sair fora.
- ô mano, eu sou punk, tava aí xerocando o CD da minha banda, olha aí (Nota do redator: o cara aproveita seqüestro para divulgar a banda!). Vai lá fazer seu avião, mas me deixa aqui...
- beleza, vai, sai fora então!
- Posso pegar minhas coisas?
- Vai, pega aí...
- Posso pegar meu rádio?
- Caralho, alemão, quer me deixar sem rádio... Amanhã eu devolvo seu carro lá na Palmares, eu deixo o rádio lá.
- Beleza.
Fui fazer o BO, mas dei uma meia hora pro cara fazer o avião dele, senão a polícia podia encher meu carro de bala.
No dia seguinte, acharam meu carro. Quando eu cheguei lá, tava sem o rádio. Aí eu deixei para lá... Mas aí um moleque chegou para mim e falou.
- Chega aí... eu sei quem pegou seu rádio. Foi aquele polícia ali.
Aí eu fiquei puto”
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário